Quando Kael Vitorelo decidiu remover cirurgicamente seus seios, em um procedimento conhecido como mastectomia masculinizadora (ou eletiva), se viu envolvida em um processo burocrático e judicial tortuoso e extenuante. Neste livro, ele retrata sua experiência, como pessoa transexual não binária, e escancara o despreparo e a violência do sistema judicial brasileiro com aqueles que não se enquadram no padrão normativo.
Transitando entre diferentes gêneros e linguagens (história em quadrinhos, ensaio, autobiografia), Vitorelo retrata o corpo humano como um território de mutações e disputas constantes. Um campo de batalha, mas também um espaço de criação, de invenção, de novas possibilidades.